A maior mineradora de Bitcoin (BTC) do mundo, Core Scientific, disse nesta quinta-feira (27) que não fará pagamentos com vencimento no final de outubro e início de novembro de 2022, que dizem respeito a vários de seus equipamentos e outros financiamentos. Os credores podem optar por processar a empresa por falta de pagamento ou tomar medidas com relação à garantia, afirmou a empresa.
Segundo a mineradora, o motivo é o esgotamento dos recursos em caixa, que poderia acontecer até o final do ano, possivelmente mais cedo. “Existem dúvidas substanciais sobre a capacidade da empresa de continuar operando por um período de tempo razoável”, afirmou o documento.
Os problemas da Core Scientific refletem o estado deprimido da indústria de mineração de Bitcoin, com empresas espremidas entre altos custos de eletricidade e um preço baixo da criptomoeda, que tem se mantido em torno de US$ 20 mil nos últimos meses.
Em uma tentativa de compensar o aumento nos custos de energia e o cenário desafiador para ativos de risco, a companhia elevou na semana passada suas taxas para hospedar máquinas de outras empresas para pouco menos de 10 centavos por quilowatt-hora, disseram ao CoinDesk duas pessoas familiarizadas com o assunto. Este foi o mais recente aumento de preço da Core Scientific, que já havia subido suas taxas em 20% a 25% nos últimos meses.
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A hospedagem é um serviço que os data centers fornecem aos mineradores de criptomoedas para que os clientes possam armazenar suas plataformas de mineração e minerar ativos digitais sem precisar construir a infraestrutura por conta própria.
A Core Scientific tem um negócio de hospedagem e mineração, com 22,5 exahash/segundo (EH/s) de poder computacional próprio e de outras empresas em seus data centers nos Estados Unidos. O balanço trimestral mais recente da companhia já mostrava que a companhia estava perdendo dinheiro em operações de hospedagem.
As ações da empresa caíam cerca de 1% por volta das 8h (horário de Brasília) desta quinta nas negociações de pré-mercado dos Estados Unidos.
Fonte: InfoMoney.
