Descubra as causas por trás da aceleração da inflação em fevereiro, os setores mais impactados e as projeções econômicas para os próximos meses.
A inflação no Brasil apresentou um aumento significativo em fevereiro, registrando uma alta de 0,83%, em comparação com os 0,42% de janeiro. Esses dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Entre os diversos grupos de produtos e serviços, o setor de Educação se destacou, apresentando o maior crescimento de preços, com 4,98%, e exercendo o maior impacto, contribuindo com 0,29 ponto percentual para o índice total.
No acumulado do ano, o IPCA alcançou uma elevação de 1,25%, enquanto nos últimos doze meses, a variação foi de 4,50%. Em fevereiro do ano anterior, a inflação havia sido de 0,84%.
A economista do banco Itaú, Luciana Rabelo, observou que, embora tenha havido alguma surpresa de baixa, os núcleos da inflação continuam em alta, conforme esperado. Os serviços subjacentes aumentaram para 5,70%, enquanto os industriais subjacentes subiram para 2,00%. Na mesma métrica, a média dos núcleos acelerou para 4,00%.
Rabelo acrescentou: “A leitura do IPCA de fevereiro veio ligeiramente acima do esperado, mas concentrado em itens que não fazem parte do núcleo de inflação (alimentação e administrados). O qualitativo dessa divulgação, no entanto, foi melhor do que o esperado, com surpresa baixista em industriais subjacentes e serviços subjacentes.
