Descubra as últimas atualizações sobre o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) em junho de 2024. Análise detalhada das variações nos índices de preços ao produtor, consumidor e custo da construção.
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostrou um aumento de 0,83% em junho de 2024. Esse resultado marca uma leve desaceleração em relação aos 1,08% registrados no mês anterior. No acumulado do ano, o índice apresenta alta de 1,18%, enquanto em doze meses a variação é de 1,79%.
Em comparação ao mesmo período do ano anterior, junho de 2023, o IGP-10 havia registrado uma queda de 2,20% no mês e acumulava uma redução de 6,31% em doze meses, destacando a recuperação dos preços ao longo do último ano.
De acordo com André Braz, economista do FGV IBRE, o índice ao produtor reflete antecipadamente os impactos que serão sentidos pelo consumidor final. No mês de junho, alimentos como batata-inglesa, carne bovina e leite in natura foram os principais impulsionadores da inflação ao produtor. Além disso, serviços monitorados, como a taxa de água e esgoto, e produtos como gasolina também exerceram pressão inflacionária significativa.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), componente essencial do IGP-10, apresentou um aumento de 0,88% em junho. Entre os grupos que compõem o IPA, destacam-se Bens Intermediários, cuja taxa variou de 0,91% em maio para 0,77% em junho, e Matérias-Primas Brutas, que registrou queda de 3,45% para 0,80% no mesmo período.
No que se refere ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC), houve um incremento de 0,54% em junho, comparado a uma variação de 0,39% em maio. Quatro das oito classes de despesa analisadas no IPC apresentaram aumento em suas taxas de variação: Alimentação (0,53% para 0,97%), Educação, Leitura e Recreação (-0,51% para 0,22%), Habitação (0,26% para 0,52%) e Despesas Diversas (0,16% para 0,35%).
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou uma variação de 1,06% em junho, um aumento significativo em relação à taxa de 0,53% observada no mês anterior, refletindo o aumento dos custos no setor da construção civil.
Essas atualizações evidenciam os desafios enfrentados pelo Brasil em relação à inflação e fornecem insights valiosos para analistas e investidores acompanharem de perto os movimentos econômicos e suas possíveis repercussões nos mercados financeiros.