Anfavea pede aumento da alíquota de importação de veículos para 35% visando proteger a indústria nacional. Descubra como isso pode impactar o mercado automotivo brasileiro.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apresentou um pedido formal ao governo para aumentar imediatamente a alíquota de importação de veículos, incluindo os elétricos, para 35%. Essa medida visa proteger a indústria nacional frente à crescente entrada de veículos importados, especialmente da China.
Contexto do Pedido
Na última quarta-feira, o pedido foi detalhado ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Bens e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e sua equipe técnica. Segundo a Anfavea, essa ação é necessária devido ao atual cenário do mercado nacional, onde a produção local não tem acompanhado o ritmo de importações.
Reação do MDIC
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Bens e Serviços confirmou ter recebido o pedido da Anfavea. Paralelamente, o MDIC também recebeu uma solicitação contrária dos importadores, que argumentam contra qualquer mudança na alíquota atual. A pasta informou que iniciará uma análise técnica do caso sem pré-julgamentos.
Justificativa da Anfavea
De acordo com uma fonte anônima da Anfavea, o mercado brasileiro está sendo fortemente abastecido por veículos importados, o que tem afetado diretamente a produção local e os empregos. A fonte destaca que as importações não representam vendas adicionais, mas sim substituições, prejudicando a indústria nacional.
Impacto no Setor de Veículos Elétricos
Uma parte significativa dos veículos elétricos e híbridos comercializados no Brasil é produzida na China. Em mercados como a Europa e os Estados Unidos, já existem questionamentos sobre os subsídios e medidas protetivas estão sendo adotadas para proteger suas indústrias locais.
Pablo Toledo, diretor de marketing da BYD no Brasil, afirmou que a demanda por veículos elétricos está preocupando as montadoras tradicionais. Segundo Toledo, um aumento de 35% na alíquota poderia afetar significativamente o consumidor, especialmente no segmento de carros elétricos abaixo de 150 mil reais.
A antecipação do aumento da alíquota para 35% proposta pela Anfavea visa proteger a produção nacional e os empregos no setor automotivo. A decisão final dependerá da análise técnica do MDIC, que considerará tanto os argumentos dos fabricantes nacionais quanto dos importadores.