Bitcoin testa os US$ 110 mil e mercado reage com otimismo: o que esperar da principal criptomoeda?

O Bitcoin (BTC) voltou a animar os mercados nesta terça-feira, 10 de junho de 2025, sendo cotado a impressionantes R$ 613.661,48 no Brasil. A valorização diária de quase 3% impulsionou o preço em dólar para a faixa de US$ 109.000, muito próximo da resistência de US$ 110 mil — um marco que pode indicar o início de um novo ciclo de alta caso seja rompido com força.

O movimento é reflexo direto do otimismo nos mercados globais, em especial após sinais positivos nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China, que acontecem esta semana em Londres. Combinando dados técnicos favoráveis e uma reentrada de capital institucional no mercado cripto, o BTC está novamente no centro das atenções.

🧠 Análise macroeconômica favorece apetite por risco

Segundo André Franco, CEO da Boost Research, o sentimento global melhorou com falas positivas do ex-presidente Trump e da equipe econômica norte-americana sobre a relação com a China. Esse clima favoreceu ativos de risco, impulsionando também o Bitcoin.

O dólar iniciou o dia em leve recuperação, enquanto os rendimentos dos títulos japoneses caíram e o petróleo manteve sua trajetória de alta. O ouro, por outro lado, recuou, sinalizando menor busca por proteção — outro indício de apetite por risco no mercado.

“O BTC retomou sua alta beneficiado por esse cenário de otimismo, o que pode se intensificar se houver desfecho positivo nas negociações comerciais”, afirmou Franco.

📊 Dados recentes de fluxo institucional e ETFs

Apesar do saque de US$ 131 milhões nos ETFs de criptomoedas na semana anterior, a segunda-feira (09) trouxe uma recuperação impressionante. O Bitcoin registrou entrada líquida de US$ 386 milhões, enquanto o Ethereum recebeu US$ 11 milhões.

De acordo com Valentin Fournier, analista-chefe da BRN, o retorno do capital sinaliza uma possível retomada da confiança institucional no BTC. A capitalização total do mercado cripto saltou 6,2%, alcançando US$ 3,41 trilhões.

Além do Bitcoin, o Ethereum (ETH) subiu 8,8%, sendo cotado a US$ 2.680, e o Solana (SOL) avançou 7,5%, chegando a US$ 158.

📈 Análise técnica do Bitcoin: nova máxima à vista?

Do ponto de vista técnico, o Bitcoin quebrou um padrão triangular de vários meses, o que reforça a expectativa de continuidade da alta. A principal resistência imediata está em US$ 110.000, com alvo potencial entre US$ 111.000 e US$ 120.000, segundo Paulo Aragão, do podcast Giro Bitcoin.

Ana de Mattos, analista parceira da Ripio, aponta que após atingir a mínima de US$ 100.372 em 05 de junho, o BTC subiu para US$ 106.488 no domingo (08), indicando reversão da tendência de queda. Os suportes imediatos estão em US$ 104.780 e US$ 101.900, enquanto as resistências seguem em US$ 107.300 e US$ 109.030.

Mike Ermolaev, fundador da Outset PR, destaca que o BTC voltou a fechar acima da resistência crítica de US$ 106.406, com forte apoio na MME de 50 dias. O RSI em 61 e o possível cruzamento de alta no MACD indicam momentum técnico positivo.

⚠️ Alavancagem e volatilidade: zona de risco à frente

Apesar da euforia, nem tudo são flores. Isac Honorato, CEO do Cointimes, alerta para o elevado nível de alavancagem no mercado. O aumento do Open Interest junto à alta do preço pode indicar risco de liquidação em massa.

“Estamos vendo um cabo de guerra: de um lado, holders absorvendo BTCs; do outro, traders alavancados vulneráveis a oscilações. O mercado pode fazer um movimento abrupto só para eliminar ordens penduradas e depois seguir a tendência”, explicou.

Com o RSI esticado e o volume spot em queda, o cenário exige cautela. O Bitcoin pode sim romper US$ 110 mil e buscar US$ 120 mil, mas uma queda para US$ 105 mil não está descartada.

🔍 Desempenho do dia: altcoins em destaque

As criptomoedas com maior alta nesta terça-feira (10) são:

  • Aave (AAVE): +16%
  • Fartcoin (FARTCOIN): +14%
  • dogwithat (WIF): +13%

Já entre as maiores quedas, destacam-se:

  • Leo Token (LEO): -3%
  • Internet Computer (ICP): -1%
  • Monero (XMR): -0,9%

💡 O que é Bitcoin?

O Bitcoin é uma moeda digital descentralizada, baseada em uma rede peer-to-peer, criada por Satoshi Nakamoto em 2009. Seu fornecimento é limitado a 21 milhões de unidades e todas as transações são registradas em um ledger público chamado blockchain.

Além de sua resistência à censura, o BTC permite total controle financeiro ao usuário e é visto como uma alternativa independente aos sistemas bancários e governamentais tradicionais.

📌 Conclusão: um momento de oportunidade — e de cautela

O Bitcoin está próximo de romper uma nova máxima histórica, impulsionado por fatores técnicos e macroeconômicos. No entanto, os riscos associados à alavancagem e à volatilidade exigem que os investidores ajam com disciplina.

Este conteúdo tem caráter meramente informativo e não constitui recomendação de investimento. Sempre faça sua própria análise antes de tomar decisões financeiras.

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