Preço do Bitcoin em queda: ETFs registram saídas bilionárias e BTC testa suporte em US$ 111.980

Preço do Bitcoin em queda

O preço do Bitcoin caiu mais de 8% após saídas bilionárias de ETFs e pressão macroeconômica. Veja análise detalhada, suportes técnicos e perspectivas para o BTC em 2025.

Preço do Bitcoin enfrenta pressão após saídas de ETFs

O Bitcoin (BTCUSD) vive um momento de consolidação delicada. Após cair mais de 8% desde sua máxima histórica de US$ 124.747 em 14 de agosto, a criptomoeda luta para se manter acima do suporte de US$ 111.980.

Essa retração é explicada principalmente por três fatores:

  1. Saída bilionária dos ETFs de Bitcoin à vista, que já somam mais de US$ 1,15 bilhão na semana.
  2. Realização de lucros por parte dos investidores, especialmente após a última máxima.
  3. Cenário macroeconômico adverso, pressionado por decisões do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos.

ETFs de Bitcoin registram maior saída em 5 meses

De acordo com dados da SoSoValue, os ETFs de Bitcoin à vista sofreram a maior saída semanal desde março de 2025. Até a última quinta-feira, os resgates já acumulavam US$ 1,15 bilhão.

Isso mostra que a demanda institucional está enfraquecida. Enquanto em julho havia um pico de compra de 174 mil BTC, esse número caiu para 59 mil BTC em agosto. Esse recuo de grandes investidores indica perda de fôlego no curto prazo.


Análise on-chain aponta fraqueza na demanda

O relatório da CryptoQuant destaca que a realização de lucros e a queda na demanda são os principais vetores da correção.

Outro dado relevante vem da Glassnode: o Open Interest dos futuros de Bitcoin permanece elevado em US$ 67 bilhões. Isso significa que o mercado segue altamente alavancado, e movimentos de preço relativamente pequenos podem provocar fortes liquidações.

Ainda assim, os volumes de liquidação dessa queda foram mais baixos que em correções anteriores, sugerindo que muitos traders fecharam posições voluntariamente para reduzir riscos, e não apenas por chamadas de margem.


Impacto do cenário macroeconômico

Outro ponto que pressiona o BTC é a postura do FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto dos EUA).

Na ata de julho, os membros do Fed demonstraram maior preocupação com a inflação do que com o mercado de trabalho. Essa visão hawkish fez os ativos de risco, como o Bitcoin, recuarem.

Somado a isso, o Índice de Preços ao Produtor (PPI) veio acima das expectativas, reforçando os temores inflacionários. Resultado: o BTC caiu 1,58% na semana passada.


Há sinais de otimismo?

Apesar do cenário de pressão, alguns fatores positivos surgem:

  • Compras estratégicas: empresas como a Metaplanet e a Strategy adicionaram 1.185 BTC em suas tesourarias, aproveitando o desconto no preço.
  • Adoção em Hong Kong: a CMB International Securities, ligada ao China Merchants Bank, anunciou a negociação regulada de BTC, ETH e USDT. Isso marca a entrada do primeiro banco chinês em um negócio desse tipo.
  • Cenário geopolítico: rumores de uma reunião trilateral entre EUA, Rússia e Ucrânia trazem expectativas de trégua, o que pode melhorar o apetite por risco globalmente.

Esses pontos mostram que, mesmo em meio à correção, investidores institucionais e grandes players seguem atentos às oportunidades.


Análise técnica do Bitcoin

No momento, o BTC opera próximo de US$ 113.200. A análise gráfica mostra:

  • Suporte chave: US$ 111.980
  • EMA 50 dias: US$ 114.788 (resistência imediata)
  • EMA 100 dias: US$ 110.604 (suporte secundário)
  • RSI em 42: indicando momento de baixa, abaixo da zona neutra (50).

Se o BTC conseguir se manter acima de US$ 111.980 e retomar a EMA de 50 dias, poderá buscar resistência em US$ 116 mil.
Caso contrário, uma queda para US$ 110.600 pode estar no radar.


Conclusão

O Bitcoin (BTC) passa por um momento de teste crítico. A saída bilionária dos ETFs e a postura rígida do Fed trouxeram cautela ao mercado, enquanto indicadores técnicos mostram perda de fôlego.

Por outro lado, o interesse de grandes players institucionais e avanços regulatórios em Hong Kong mostram que ainda há força de compra no médio prazo.

Para o investidor, o cenário pede cautela e estratégia: acompanhar os níveis de suporte e resistência é essencial para entender os próximos movimentos do BTC.

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