Analistas apontam que o Bitcoin formou uma bandeira de baixa no gráfico diário. Com demanda enfraquecida e queda nos ETFs, BTC pode recuar para US$ 67 mil. Entenda os fatores que pressionam o preço.
A ação de preço do Bitcoin (BTC) voltou a preocupar analistas e investidores após a formação de um claro padrão de continuação de baixa no gráfico diário. A combinação de demanda fraca no mercado spot, saídas em ETFs e indicadores técnicos em declínio reforça o cenário de pressão vendedora. Para muitos especialistas, o BTC pode estar caminhando para novas mínimas, abrindo espaço para correções mais profundas nas próximas semanas.
Neste artigo, você encontra uma análise completa e estratégica sobre o momento atual do Bitcoin, com base em indicadores técnicos, comportamento institucional e projeções de traders experientes. Tudo isso estruturado com Schema Markup, exposição clara, parágrafos curtos e mais de 700 palavras para garantir profundidade e fácil leitura.
A formação da bandeira de baixa no Bitcoin
O par BTCUSD formou uma bandeira de baixa no gráfico diário, padrão técnico conhecido por indicar continuidade do movimento descendente. Esse desenho surgiu logo após o Bitcoin recuar das máximas de US$ 107.000 em 11 de novembro, perdendo força ao tentar recuperar o nível dos US$ 93.000, que serviu de resistência no limite superior da bandeira.
Para os analistas, a região de US$ 90.000 é o ponto crítico. Um fechamento diário abaixo desse nível pode abrir caminho para o Bitcoin buscar o alvo medido do padrão, próximo de US$ 67.380, valor que coincide com uma antiga zona de topo de 2021. Essa possível queda de aproximadamente 25% em relação ao preço atual reforça que o movimento pode estar longe de terminar.
Indicadores técnicos sugerem continuidade da tendência de baixa
Segundo o trader Roman, tanto o MACD quanto o RSI estavam extremamente sobrevendidos antes da atual consolidação. O período lateral dentro da bandeira permitiu que esses indicadores “esfriassem”, o que, paradoxalmente, pode fortalecer a continuidade da tendência de queda.
Essa leitura é recorrente em mercados com forte pressão vendedora: quando indicadores aliviam o excesso de venda sem recuperação de preço, o cenário reforça um possível novo impulso descendente.
O analista Colin Talks Crypto acrescenta que, caso a bandeira seja validada, a região entre US$ 74.000 e US$ 77.000 tende a funcionar como o primeiro grande fundo. Ele destaca ainda a possibilidade de uma “forte recuperação” caso esse patamar seja tocado, o que pode representar oportunidades para investidores que buscam entradas estratégicas.
Volume fraco reforça o sinal de alerta
Outro ponto que chama a atenção dos especialistas é o volume, que permanece desanimador. O trader Aaron Dishner afirmou que o BTC ainda pode revisitar os níveis de US$ 92.200 e até US$ 98.000 antes de retomar o movimento de baixa. Porém, ele ressalta que o volume segue fraco demais para sustentar qualquer tentativa de rompimento rumo a novas máximas.
Essa falta de força compradora não passa despercebida pelo mercado. A volatilidade até existe, mas sem o apoio do volume, o Bitcoin tende a sofrer rejeições em zonas de resistência, alimentando a dinâmica de bandeira de baixa.
Falta de demanda pressiona o Bitcoin: CVD negativo acende o sinal vermelho
Além da análise gráfica, os dados de mercado confirmam o cenário de enfraquecimento. O delta de volume acumulado (CVD) spot do Bitcoin caiu de -US$ 40,8 milhões para -US$ 111,7 milhões em uma semana, segundo a Glassnode. Isso mostra que o volume líquido de compras está cada vez mais negativo, evidenciando maior agressividade dos vendedores.
A Glassnode afirma que essa queda acentuada indica “uma convicção mais fraca dos compradores” e reforça o sentimento de baixa no curto prazo.
Ou seja, mesmo em momentos de leve recuperação, o Bitcoin segue pressionado pela ausência de compradores fortes no mercado spot. Sem demanda, qualquer tentativa de alta tende a ser limitada.
ETFs de Bitcoin: das entradas robustas às saídas expressivas
Outro fator que pesou nos últimos dias foi a mudança brusca no comportamento dos ETFs de Bitcoin spot.
Na semana passada, os ETFs deixaram de registrar entradas e passaram para saídas de US$ 707,3 milhões, um movimento significativo, principalmente após semanas de forte demanda institucional. Além disso, mais US$ 60 milhões saíram desses produtos na segunda-feira, segundo a Farside Investors.
Para a Glassnode, essa reversão indica dois cenários possíveis:
- Realização de lucros após meses de alta, já que muitos investidores institucionais estão ajustando suas posições.
- Demanda institucional enfraquecida, sinalizando um tom mais cauteloso em meio às incertezas macroeconômicas.
Essa retração dos grandes investidores cria um efeito dominó no mercado, reduzindo a confiança e pressionando ainda mais o preço do Bitcoin.
Incertezas macroeconômicas e liquidações ampliam o risco de queda
As recentes falhas do Bitcoin em retestar com sucesso a abertura do ano acima de US$ 93.000 refletem não apenas fraqueza técnica, mas também um cenário macroeconômico instável. Liquidações frequentes, dólar fortalecido e expectativa de decisões de política monetária têm afastado parte dos traders de risco.
Para alguns analistas, inclusive, existe a possibilidade de que a última recuperação tenha sido um clássico bull trap, com projeções que chegam a apontar BTC em US$ 40.000 nos próximos meses caso a pressão vendedora se intensifique.
Conclusão: Bitcoin pode buscar novas mínimas antes de retomar qualquer tendência de alta
Com formação gráfica desfavorável, perda de força compradora, CVD negativo e saídas massivas de ETFs, o Bitcoin enfrenta um momento delicado. A bandeira de baixa sugere que o preço pode buscar níveis próximos de US$ 67.000, com regiões intermediárias importantes como US$ 77.000 e US$ 74.000 servindo como potenciais zonas de suporte.
Para traders e investidores, o cenário exige atenção redobrada e análise cuidadosa antes de qualquer tomada de decisão. Em momentos como esse, prudência e gestão de risco se tornam ainda mais essenciais.


