Onde as criptomoedas são usadas em 2025: pagamentos, serviços digitais, games e DeFi

Onde as criptomoedas são usadas em 2025

Descubra onde as criptomoedas são realmente usadas em 2025. Pagamentos com stablecoins, serviços digitais, jogos blockchain, DeFi e DAOs explicados de forma clara.

Durante anos, uma das críticas mais recorrentes — e convenhamos, bastante eficiente — às criptomoedas era simples e direta: “Onde, afinal, dá para usar isso?”.
O Bitcoin nasceu com a proposta de ser dinheiro, mas, na prática, raramente foi visto no caixa do supermercado ou na maquininha da padaria.

Por muito tempo, as criptomoedas pareceram existir mais para acumular, especular ou debater em fóruns do que para resolver problemas reais do dia a dia. Só que 2025 mudou o tabuleiro. E mudou com força.

As criptomoedas ainda não substituíram o dinheiro tradicional no consumo cotidiano, mas passaram a ocupar espaços estratégicos em fluxos digitais onde velocidade, liquidação direta e alcance global falam mais alto do que conveniência ou hábito.

A pergunta deixou de ser “dá para usar?” e passou a ser “onde faz mais sentido usar?”.

Pagamentos em criptomoedas para freelancers e criadores de conteúdo

Um dos usos mais consolidados das criptomoedas em 2025 está no pagamento por trabalho digital. Freelancers, prestadores de serviços remotos e criadores de conteúdo adotaram stablecoins como USDC e USDT como alternativa direta aos sistemas tradicionais de pagamento.

O motivo é puramente estratégico: menos taxas, menos intermediários e liquidação praticamente instantânea.
Nada de esperar dias para compensação bancária ou lidar com limites de transferências internacionais.

Um exemplo emblemático vem do YouTube. A plataforma passou a permitir que criadores nos Estados Unidos realizem saques usando o PayPal USD (PYUSD), uma stablecoin lastreada em dólar. Isso mostra que o movimento não é mais marginal — ele está sendo incorporado por gigantes da economia digital.

Para quem contrata, o ganho é operacional. Para quem recebe, é eficiência pura. O único gargalo ainda está na conversão para moeda fiduciária, já que bancos continuam impondo restrições a empresas e profissionais ligados ao setor cripto, mesmo com um ambiente regulatório mais favorável nos Estados Unidos.

Uso de criptomoedas na compra de bens e serviços digitais

Além de pagamentos entre pessoas físicas, as criptomoedas ganharam espaço no pagamento de serviços digitais globais. Empresas que operam internacionalmente perceberam que aceitar cripto reduz fricções causadas por taxas, atrasos e barreiras regionais.

Registradores de domínio, provedores de hospedagem e serviços focados em privacidade lideram essa adoção. Plataformas como Mullvad VPN aceitam pagamentos em criptomoedas, enquanto empresas como Namecheap e Porkbun permitem registrar domínios e contratar hospedagem usando BTC e stablecoins.

Em setembro, o CEO da Namecheap revelou a venda de um domínio por US$ 2 milhões pagos em Bitcoin. Isso não é hype. É execução.

Gigantes tradicionais também entraram no jogo. A Stripe passou a permitir pagamentos em USDC e lançou a testnet pública de sua própria blockchain de stablecoin, chamada Tempo. A Shopify testou checkouts baseados em stablecoins para vendedores com público internacional.

A aprovação da GENIUS Act nos Estados Unidos trouxe mais clareza regulatória para stablecoins, reduzindo riscos e incentivando testes mais ousados por parte das empresas.

Criptomoedas e a digitalização do mercado de colecionáveis

O mercado de colecionáveis físicos viveu um renascimento em 2025, impulsionado por cartas de Pokémon, figuras Labubu e brinquedos de edição limitada. O detalhe interessante é que as criptomoedas não substituíram esse mercado — elas o expandiram.

Colecionáveis tokenizados surgiram como uma extensão natural da cultura física. Cartas digitais no estilo Pokémon, gachas digitais e itens tokenizados permitem que colecionadores participem de experiências familiares em ambientes online.

O valor está menos na substituição do físico e mais na criação de novas camadas de interação, liquidez e comunidade. Os fichários e vitrines migraram para aplicativos e plataformas web, mantendo a essência do colecionismo, agora potencializada pela blockchain.

O papel das criptomoedas em DeFi e GameFi

No universo das finanças descentralizadas (DeFi), as criptomoedas seguem cumprindo sua função central. Usuários trocam tokens, fornecem liquidez, emprestam ativos ou tomam empréstimos usando contratos inteligentes, sem depender de intermediários tradicionais.

Já no GameFi, as criptomoedas funcionam como o motor econômico dos jogos. Jogadores utilizam tokens para comprar, vender ou transferir itens dentro dos jogos e entre marketplaces.

O modelo play-to-earn ganhou maturidade. Se antes prometia renda principal, em 2025 ele se consolidou como fonte de renda extra. Jogos como Axie Infinity continuam relevantes, mas agora em um ecossistema mais sustentável.

Segundo dados da DappRadar, o World of Dypians lidera os jogos blockchain com mais de 1 milhão de carteiras ativas únicas. Logo atrás aparece o Pixudi Runs, com cerca de 570 mil carteiras ativas, operando em redes como Polygon e Sei.

Os desafios persistem, especialmente com bots e fraudes, mas o modelo segue evoluindo.

Gestão de organizações on-chain com DAOs

Em um nível mais profundo do ecossistema cripto, as criptomoedas são usadas para gerenciar organizações autônomas descentralizadas, as DAOs. Nelas, tokens representam poder de voto, governança e tomada de decisão.

Propostas são votadas on-chain e, quando aprovadas, executadas automaticamente por contratos inteligentes. Pagamentos, mudanças de regras e alocação de recursos acontecem sem intermediários.

Apesar do potencial, as DAOs ainda exigem conhecimento técnico e familiaridade com o ecossistema, o que limita sua adoção a usuários mais experientes. Por isso, seguem sendo território majoritariamente cripto-nativo.

O futuro do uso das criptomoedas

Os usos atuais das criptomoedas em 2025 são mais pragmáticos do que ideológicos. Em vez de substituir tudo, elas se integram a serviços existentes, removendo fricções criadas por intermediários.

Tokenização de ativos do mundo real, liquidação com stablecoins, identidade digital baseada em carteiras e empréstimos lastreados em Bitcoin ainda estão em fases iniciais, mas seguem uma lógica clara: eficiência, transparência e automação.

No fim das contas, as criptomoedas não venceram porque se tornaram invisíveis no cotidiano, mas porque encontraram exatamente onde fazem mais sentido. E, no mundo digital, isso vale ouro.

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