Descubra como as instituições financeiras não bancárias estão aumentando os riscos para os grandes bancos dos EUA e a necessidade de uma regulamentação financeira mais rigorosa.
O Crescente Risco dos Não-Bancos para os Grandes Bancos dos EUA
As instituições financeiras não bancárias estão se tornando uma ameaça crescente para os grandes bancos dos Estados Unidos. De acordo com economistas do Fed de Nova York, essas entidades representam riscos significativos, especialmente durante períodos de tensão no mercado.
Durante momentos de crise, a demanda por liquidez aumenta drasticamente. Bancos não tradicionais recorrem aos grandes bancos em busca de empréstimos a prazo e linhas de crédito, sobrecarregando o sistema bancário tradicional. Essa dependência pode transformar pequenos choques em crises maiores, forçando as autoridades a intervir massivamente.
Regulação e Riscos
Diferente dos grandes bancos, instituições financeiras não bancárias operam sob regulamentações menos rigorosas. Essa diferença cria uma interligação arriscada entre bancos e não-bancos. O risco, que antes era exclusivo dos bancos, agora é compartilhado entre ambos os setores, aumentando a vulnerabilidade do sistema financeiro.
Aumento da Correlação de Risco
Estudos indicam que a correlação de risco entre bancos e não-bancos cresceu de 65% antes da crise financeira de 2008 para mais de 80% atualmente. Essa tendência evidencia uma interdependência perigosa que pode amplificar crises futuras.
Imobiliário Comercial: Um Setor de Risco
O setor imobiliário comercial é um exemplo claro dessa interação de risco. Em 2024, 929 bilhões de dólares em hipotecas comerciais vencerão, representando um quinto do total de 4,7 trilhões de dólares. Este cenário é agravado por taxas de vacância em alta, desvalorizações de ativos e um ambiente de taxas de juros elevadas.
Necessidade de Regulamentação Rigorosa
Os economistas do Fed de Nova York destacam a necessidade urgente de uma regulamentação financeira que reconheça a interligação entre bancos e não-bancos. Sem uma supervisão adequada, o sistema financeiro global permanece vulnerável a choques sistêmicos que podem ter consequências graves