O Ibovespa fecha em alta pela sexta sessão consecutiva, enquanto o dólar interrompe sequência de queda. Saiba mais sobre o desempenho do mercado financeiro nesta segunda-feira.
O Ibovespa (IBOV) fechou esta segunda-feira (8) com uma variação positiva de 0,12%, alcançando 126,4 mil pontos, marcando o sexto pregão seguido no azul. O dólar, no entanto, interrompeu uma sequência de três sessões consecutivas em queda e fechou em leve alta.
O volume financeiro na Bolsa brasileira somava R$ 16,8 bilhões, de uma média diária no ano de R$ 23,6 bilhões. Na mínima diária, o principal índice da Bolsa chegou a 125.613,54 pontos; na máxima, bateu 126.543,83 pontos.
A sessão foi marcada por um volume reduzido de negociações devido à véspera de feriado em São Paulo. Apesar disso, houve uma alta robusta nos papéis da Petrobras (PETR4) após o anúncio de aumento no preço da gasolina e do gás de cozinha. Por outro lado, Vale (VALE3), Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú Unibanco (ITUB4) registraram desempenhos negativos.
No cenário internacional, os principais índices fecharam sem direção definida, refletindo a cautela dos investidores.
No lado corporativo, a Petrobras anunciou um aumento nos preços da gasolina e do gás de cozinha, em um momento em que o mercado apontava defasagem nos preços. O litro da gasolina aumentará R$ 0,20, chegando a R$ 3,01, enquanto o gás de cozinha de 13kg subirá R$ 3,10, passando a custar R$ 34,70. Os ajustes entram em vigor a partir desta terça-feira (9).
O Bank of America elevou a recomendação dos papéis da Weg (WEGE3) para “compra” e ajustou o preço-alvo de R$ 44 para R$ 52, citando expectativas de revisão positiva de margens nos próximos trimestres.
O relatório Focus do Banco Central, divulgado nesta manhã, mostrou que a projeção mediana do mercado para o IPCA em 2024 passou de 4,00% para 4,02%. Para 2025, a projeção subiu de 3,87% para 3,88%, marcando a décima elevação semanal consecutiva. A projeção do dólar para o fim de 2024 e 2025 permanece em R$ 5,20.
Durante a tarde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um pronunciamento na cúpula do Mercosul, focando em questões políticas e econômicas regionais, sem mencionar o Banco Central do Brasil ou os juros atuais.
O dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,4769 na venda, em leve alta de 0,26%. Em 2024, a divisa acumula uma elevação de 12,89%. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,25%, a R$ 5,4885.
A alta do dólar ocorreu em um contexto de baixa liquidez e à espera de declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e dos dados de inflação no Brasil e nos EUA que serão divulgados ao longo da semana. Powell prestará depoimento ao Senado dos EUA na terça-feira e à Câmara na quarta-feira, e os investidores estarão atentos às suas declarações sobre a política monetária norte-americana.
Na quarta-feira será divulgado o IPCA, o índice de inflação oficial do Brasil. Na quinta-feira, sairá o índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA, e na sexta-feira, o índice de preços ao produtor (PPI) norte-americano. Esses dados são cruciais para o mercado, pois influenciam as expectativas de política monetária e, consequentemente, o comportamento dos investidores.
Em resumo, o dia foi marcado por movimentos cautelosos no mercado financeiro, com o Ibovespa fechando em alta e o dólar interrompendo uma sequência de quedas. As próximas declarações de Powell e os dados de inflação nos EUA e no Brasil serão fundamentais para direcionar o mercado nos próximos dias.