Fechamento dos Mercados: Ibovespa Sobe pelo 8º Dia, Dólar Estável e Novos Recordes em Wall Street

Confira como fecharam os mercados nesta quarta-feira: Ibovespa registra oitavo pregão consecutivo de alta, dólar mantém estabilidade acima de R$5,40, enquanto Nasdaq e S&P 500 batem novos recordes. Atualizações sobre petróleo e commodities agrícolas também estão incluídas.

O fechamento dos mercados nesta quarta-feira trouxe uma série de movimentações significativas em diferentes partes do mundo, refletindo tanto fatores locais quanto globais que impactaram os investidores.

No Brasil, o Ibovespa encerrou mais um dia de ganhos, marcando o oitavo pregão consecutivo no verde. O índice de referência do mercado acionário brasileiro alcançou 127.218,24 pontos, registrando uma alta modesta de 0,09%. Esse desempenho positivo foi moderado por movimentos de realização de lucros, que atenuaram o impacto do ambiente positivo em Wall Street e da inflação abaixo das expectativas no IPCA do mês passado.

Enquanto isso, o mercado cambial brasileiro viu o dólar à vista fechar praticamente estável em relação ao real, cotado a 5,4132 reais na venda. Apesar de oscilar abaixo desse nível pela manhã, a moeda norte-americana manteve-se acima dos 5,40 reais, beneficiada pelo dado de inflação melhor que o esperado no Brasil, o que trouxe algum alívio aos investidores.

No cenário de juros futuros, as taxas dos contratos de DI também apresentaram queda significativa, com reduções de até 20 pontos-base entre alguns vencimentos. Esse movimento foi impulsionado pelo ambiente de retirada de prêmios de risco da curva a termo brasileira, aliado à inflação de junho, que surpreendeu positivamente as projeções. Esses dados consolidaram as expectativas de estabilidade na taxa Selic nos próximos períodos.

Nos Estados Unidos, os índices acionários Nasdaq e S&P 500 alcançaram novos recordes de fechamento. A performance positiva foi impulsionada pelos ganhos expressivos da Nvidia e de outros pesos pesados de Wall Street. O Dow Jones subiu 1,09%, encerrando o dia em 39.721,36 pontos. O S&P 500 avançou 1,02%, atingindo 5.633,91 pontos, enquanto o Nasdaq ganhou 1,18%, fechando em 18.647,45 pontos.

Na Europa, as bolsas também apresentaram ganhos, com destaque para o setor imobiliário. O índice pan-europeu STOXX 600 fechou o dia com alta de 0,91%, alcançando 516,42 pontos. Esse desempenho foi impulsionado pelo avanço de 2,1% nas ações do setor imobiliário, refletindo atualizações corporativas positivas e um sentimento geral de otimismo entre os investidores. O ambiente foi ainda influenciado pelas declarações do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, em seu segundo dia de depoimento, que também contribuíram para a confiança do mercado.

No mercado de commodities, os preços do petróleo fecharam em alta após um declínio maior que o esperado nos estoques de gasolina e petróleo nos Estados Unidos. Esse movimento foi impulsionado por um aumento na atividade de refino na semana anterior, embora os ganhos tenham sido limitados por interrupções mínimas no fornecimento devido ao furacão Beryl. Os futuros do petróleo Brent fecharam a 85,08 dólares por barril, representando um aumento de 0,42 dólar ou 0,5%. Enquanto isso, o petróleo West Texas Intermediate (WTI) fechou a 82,10 dólares por barril, registrando um aumento de 0,69 dólar ou 0,85%.

Entre os grãos, o mercado também apresentou movimentos variados. O contrato de soja mais ativo fechou em queda de 13 centavos, cotado a 10,67 dólares por bushel, alcançando seu ponto mais baixo desde novembro de 2020. Os contratos de milho encerraram com quedas, com o contrato mais ativo a 407,25 dólares por bushel. O trigo também fechou em baixa, cotado a 5,615 dólares por bushel.

No mercado de café, os contratos registraram movimentos mistos. O contrato setembro do café robusta fechou com queda de 157 dólares, ou 3,4%, a 4.477 dólares por tonelada, após atingir uma máxima histórica recente. Já o contrato setembro do café arábica caiu 2,6%, para 2,4355 dólares por libra-peso, após ter atingido uma máxima de quase dois anos e meio.

No mercado de açúcar, o contrato outubro do açúcar bruto fechou em alta de 0,19 centavo, ou 1%, a 19,81 centavos de dólar por libra-peso, recuperando-se após uma queda anterior. Enquanto isso, o contrato agosto do açúcar branco subiu 0,7%, para 557,80 dólares a tonelada, próximo da data de expiração do contrato.

Em resumo, o fechamento dos mercados globais nesta quarta-feira refletiu uma série de fatores econômicos e geopolíticos que influenciaram os investidores em todo o mundo. Enquanto os mercados acionários brasileiro, americano e europeu mostraram-se positivos, os mercados de commodities enfrentaram desafios variados, destacando-se os movimentos no preço do petróleo e dos grãos. O cenário cambial brasileiro e as taxas de juros futuras também foram influenciados por eventos internos e externos, destacando-se a expectativa de estabilidade na política monetária nacional.