Bitcoin em Alta: Como o Cenário Político e Econômico Global Impulsiona o Mercado de Criptomoedas

Entenda como o Bitcoin superou os US$ 108 mil, o impacto da política monetária dos EUA, tensões no Oriente Médio e o que esperar do mercado cripto em 2025. Leia agora!

O mercado de criptomoedas voltou aos holofotes ao atingir um market cap de US$ 3,29 trilhões, com destaque para o Bitcoin (BTC), que ultrapassou a marca de US$ 107,4 mil nesta quinta-feira (26). Esse movimento acontece em meio a um cenário político e econômico global turbulento, que vem influenciando diretamente o apetite dos investidores por ativos digitais.

Além da valorização da principal criptomoeda, o momento é de atenção redobrada para as altcoins, que mostram avanços expressivos, e para a política monetária dos Estados Unidos, que pode moldar os rumos do setor nos próximos meses.


Bitcoin em alta: o que está impulsionando o mercado?

O recente rali do Bitcoin pode ser atribuído a diversos fatores combinados:

  • Cenário geopolítico: O cessar-fogo entre Israel e Irã após semanas de tensão reduziu o risco global, criando um ambiente mais favorável para ativos voláteis como as criptomoedas.
  • Dólar enfraquecido: O índice de força do dólar (DXY) caiu cerca de 0,6%, favorecendo a valorização de ativos alternativos como o BTC.
  • Críticas ao Fed: O ex-presidente Donald Trump voltou a criticar o atual presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, acusando-o de manter os juros elevados e atrapalhar a economia dos EUA.
  • Expectativa de queda de juros: Com a pressão política por redução das taxas de juros nos Estados Unidos, o mercado começa a precificar um ambiente de maior liquidez, o que naturalmente favorece os investimentos em criptomoedas.

O impacto da política monetária nos criptoativos

Jerome Powell, atual chair do Federal Reserve, tem sido alvo constante das críticas de Trump, especialmente por resistir à queda das taxas de juros, hoje entre 4,25% e 4,50% ao ano. Trump, por sua vez, pressiona por cortes mais agressivos, alegando que os altos juros estão custando US$ 900 bilhões por ano ao país.

Esse embate político pode influenciar diretamente o comportamento dos mercados. Se o Fed ceder e reduzir os juros, o custo do dinheiro diminui, o que tende a aquecer os mercados de risco, como o de criptomoedas.


ETF e altcoins: movimentações importantes

Outro fator positivo para o mercado cripto é o fluxo de entrada de capital em ETFs baseados em Bitcoin e Ethereum, que registraram entradas líquidas de US$ 547,72 milhões e US$ 60,41 milhões, respectivamente.

Além disso, o índice altseason, que mede a rotação de capital do BTC para altcoins, subiu de 17 para 20 pontos, sinalizando interesse crescente nas criptos alternativas.

Entre os destaques:

  • AIC valorizou +78%, cotado a US$ 0,14.
  • JOE subiu +31%, alcançando US$ 0,059.
  • GFT teve alta de +22,5%, negociado a US$ 0,021.
  • Já criptos como CRV, SEI, FARTCOIN e KAIA apresentaram quedas superiores a 8%.

Esses movimentos refletem um mercado dinâmico e altamente especulativo, onde as oportunidades e riscos caminham lado a lado.


Credores da InDeal podem recuperar bilhões

Outro fator que chama atenção é a possibilidade de recuperação de R$ 2,1 bilhões por parte dos credores da InDeal, empresa investigada por operações financeiras fraudulentas. A valorização do Bitcoin pode facilitar esse processo, embora ainda existam desafios legais e operacionais para que os valores sejam, de fato, repassados aos investidores lesados.


Novas listagens e oportunidades emergentes

O ecossistema de criptomoedas continua a se expandir com novas listagens em grandes exchanges, como Binance, OKX, MEXC, Bitget e outras. Criptos como SAHARA, XCN, SYRUP, NEWT e MOODENG passaram a ser negociadas, ampliando o leque de ativos disponíveis para os investidores.

Esse crescimento da oferta é um indicativo da maturidade do mercado e da diversificação de opções, que, embora interessante, exige cautela e análise criteriosa.


Volatilidade e riscos ainda estão no jogo

Apesar da euforia com a alta do Bitcoin, o mercado segue exposto à volatilidade. O VIX, conhecido como índice do medo, recuou 4,6% e se fixou em 16,67 pontos, refletindo menor percepção de risco no curto prazo. No entanto, qualquer mudança no cenário político ou econômico pode reverter esse quadro rapidamente.


Conclusão: o que esperar do mercado de criptomoedas?

O segundo semestre de 2025 promete ser intenso para os investidores em criptomoedas. A combinação de tensões políticas, decisões do Fed e movimentos geopolíticos deve continuar impactando o comportamento do Bitcoin e demais ativos digitais.

Se os juros caírem nos Estados Unidos, a liquidez global pode crescer, tornando os ativos digitais ainda mais atrativos. No entanto, os riscos associados à volatilidade e às incertezas políticas seguem altos.

Para quem investe ou pensa em investir, a recomendação é clara: acompanhar o cenário macroeconômico e político será essencial para tomar decisões mais seguras e estratégicas.

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