Analistas de Wall Street revisam preços-alvo: foco em BlackRock, Goldman Sachs, AMD e Netflix

Analistas de Wall Street revisam preços-alvo

As principais ações dos EUA tiveram novas projeções de preço e classificação. Veja como analistas de Wall Street ajustaram suas expectativas para gigantes como BlackRock, Goldman Sachs, AMD e Netflix.

Revisões em massa movimentam o mercado americano

Analistas de Wall Street iniciaram a semana com uma série de atualizações em suas avaliações sobre as maiores empresas listadas nos Estados Unidos. Instituições financeiras como Jefferies, TD Cowen, Barclays, Citigroup e RBC Capital Markets revisaram preços-alvo e recomendações de dezenas de companhias, refletindo o momento dinâmico do mercado acionário e as expectativas para o último trimestre de 2025.

Essas revisões são acompanhadas de perto por investidores e gestores de fundos, pois sinalizam possíveis oportunidades de valorização — ou de cautela — em ativos de destaque, como BlackRock, Goldman Sachs, Netflix, Advanced Micro Devices (AMD) e outras gigantes corporativas.


BlackRock e Goldman Sachs: confiança renovada no setor financeiro

O setor financeiro foi um dos mais movimentados nas revisões desta terça-feira. A Jefferies elevou o preço-alvo da BlackRock (BLK) de US$ 1.196 para US$ 1.325, destacando a força da gestora de ativos e sua capacidade de manter margens robustas mesmo em um cenário de juros ainda elevados.

Já o Goldman Sachs (GS) também recebeu uma revisão positiva da mesma casa de análise, que aumentou seu preço-alvo de US$ 815 para US$ 892. A justificativa está no crescimento consistente da receita em operações de trading e na retomada gradual das fusões e aquisições — um dos motores de lucro do banco.

Para investidores, essas revisões indicam que o setor financeiro segue resiliente, impulsionado pela diversificação de serviços e pela confiança institucional no médio prazo.


AMD brilha com múltiplos upgrades e projeções agressivas

Um dos destaques mais fortes entre as revisões foi a Advanced Micro Devices (AMD). A companhia de semicondutores recebeu uma série de elevações de preço-alvo de grandes instituições, evidenciando o otimismo do mercado com o setor de chips e inteligência artificial.

Entre os ajustes mais relevantes:

  • Barclays: de US$ 200 para US$ 300
  • Jefferies: de US$ 170 para US$ 300
  • Citigroup: de US$ 180 para US$ 215
  • Melius Research: de US$ 200 para US$ 300

O consenso entre analistas aponta que a AMD está bem posicionada para capturar uma fatia significativa do mercado de IA generativa e data centers, setores que seguem em expansão acelerada. A valorização potencial da ação, segundo os novos preços-alvo, ultrapassa 40% em relação às cotações atuais.


Netflix: leve ajuste, mas otimismo segue

A Netflix (NFLX) teve seu preço-alvo levemente reduzido pelo TD Cowen, de US$ 1.450 para US$ 1.425. Apesar do corte, o banco manteve uma visão otimista, destacando o crescimento da base de assinantes e o aumento da receita proveniente de planos com anúncios — uma aposta que vem se consolidando no modelo de negócios da companhia.

A Seaport Research Partners, por sua vez, elevou a recomendação de Netflix de “neutro” para “compra”, reforçando a perspectiva de que o streaming ainda tem espaço para ampliar margens e diversificar fontes de receita, especialmente com o avanço de produções locais e licenciamentos internacionais.


Energia e defesa: destaque para RTX, Lockheed Martin e Northrop Grumman

O setor de defesa e aeroespacial também chamou atenção nas revisões. A TD Cowen aumentou o preço-alvo da RTX Corp (RTX) de US$ 175 para US$ 185, refletindo a demanda constante por tecnologia militar e sistemas de segurança.

Outras companhias do segmento, como Lockheed Martin (LMT) e Northrop Grumman (NOC), também receberam projeções mais altas.

  • A RBC revisou o preço da Lockheed Martin para US$ 525, enquanto a TD Cowen ajustou para US$ 520.
  • Já a Northrop Grumman teve o preço-alvo elevado de US$ 600 para US$ 630, indicando o otimismo com o aumento dos orçamentos de defesa dos EUA e aliados da OTAN.

Essas revisões reforçam o papel estratégico do setor de defesa em um cenário global marcado por tensões geopolíticas e investimentos em segurança tecnológica.


Gigantes tradicionais também sobem no radar

Empresas consolidadas em diferentes setores também foram contempladas com revisões positivas:

  • American Express (AXP): de US$ 343 para US$ 355 pela JP Morgan.
  • Caterpillar (CAT): de US$ 540 para US$ 570 pelo Citigroup.
  • GE Aerospace (GE): de US$ 300 para US$ 330 pela TD Cowen.
  • Lockheed Martin e General Dynamics (GD) também registraram avanços em suas estimativas de preço, reforçando a boa fase das indústrias de infraestrutura e tecnologia pesada.

Essas revisões mostram uma tendência de valorização em empresas que combinam inovação, consistência operacional e bom histórico de lucros — um perfil cada vez mais valorizado por investidores institucionais.


O que esperar para o quarto trimestre

As revisões recentes de Wall Street sinalizam que os analistas estão ajustando suas expectativas a um cenário econômico mais equilibrado: inflação em desaceleração, juros estáveis e retomada de setores estratégicos como tecnologia, energia e serviços financeiros.

Com as atualizações positivas em BlackRock, Goldman Sachs, AMD, RTX e Lockheed Martin, o mercado projeta um fim de ano otimista para as ações americanas — especialmente as que combinam inovação e estabilidade financeira.


Conclusão

O movimento de revisões de preço-alvo em Wall Street reforça a confiança na economia dos Estados Unidos e destaca empresas que continuam se destacando em meio às incertezas globais.
Com a AMD despontando como favorita entre os analistas, BlackRock e Goldman Sachs mostrando força no setor financeiro e Netflix mantendo estabilidade no entretenimento, o mercado segue atento às próximas oportunidades de valorização.

Para investidores que acompanham de perto o desempenho das ações, as revisões são sinais importantes de reposicionamento estratégico — e um lembrete de que informação e timing continuam sendo os grandes diferenciais no mundo dos investimentos.

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