Preço do Bitcoin despenca para US$ 103 mil e acende alerta no mercado cripto

Preço do Bitcoin despenca para US$ 103 mil e acende alerta no mercado cripto

O preço do Bitcoin caiu para US$ 103 mil em 4 de novembro de 2025, com liquidações de mais de US$ 1,36 bilhão e forte saída de ETFs. Entenda as causas da queda, o impacto do dólar e as perspectivas para os próximos dias.

Bitcoin ao vivo: mercado em alerta após forte queda

O preço do Bitcoin (BTC) iniciou a terça-feira, 04 de novembro de 2025, em forte queda. A principal criptomoeda do mundo foi cotada a R$ 558.199,24, equivalente a US$ 103 mil, registrando uma desvalorização de 3,6% nas últimas 24 horas.

O movimento derrubou o valor total do mercado de criptomoedas em 3,94%, ampliando a perda mensal para quase 18%. A queda do Bitcoin ocorreu em meio à aversão global ao risco, ao fortalecimento do dólar americano e à redução das expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed).


Por que o preço do Bitcoin caiu hoje?

O recuo foi impulsionado por uma combinação de fatores técnicos e macroeconômicos. O rompimento do suporte de US$ 106 mil, que servia como piso psicológico do ativo há semanas, acionou uma sequência de liquidações automáticas em operações alavancadas.

Essas liquidações geraram perdas estimadas em US$ 1,36 bilhão para traders nas últimas 24 horas, intensificando o movimento de venda.

Outro fator determinante foi a saída de capital dos ETFs de Bitcoin e Ethereum, que registraram retiradas de US$ 322 milhões em apenas quatro dias. O ETF IBIT da BlackRock, um dos maiores do mundo, teve seu quarto dia consecutivo de saídas, sinalizando que o investidor institucional está reduzindo exposição em meio à incerteza econômica global.


Correlação com o mercado tradicional aumenta a pressão

O Bitcoin segue mostrando uma forte correlação com o índice Nasdaq-100, que reúne as principais empresas de tecnologia dos Estados Unidos. Essa correlação subiu para 0,85, indicando que o BTC está reagindo quase na mesma direção das bolsas americanas.

Com o Federal Reserve mantendo o discurso de juros altos por mais tempo, o apetite por risco diminuiu, levando investidores a migrarem para ativos mais seguros. Esse movimento afetou tanto as ações de tecnologia quanto o Bitcoin, que continua sensível ao cenário macroeconômico.


Análise técnica: Bitcoin perde força compradora

Do ponto de vista técnico, o Bitcoin rompeu a média móvel de 200 dias (US$ 108.784), um dos indicadores mais observados pelos analistas. Além disso, o RSI (Índice de Força Relativa) caiu para 39,31, indicando perda de força compradora e predominância vendedora no curto prazo.

O próximo suporte relevante está em US$ 101 mil, mínima registrada em junho. Caso o Bitcoin perca também esse nível, o mercado pode testar novamente a zona de US$ 100 mil a US$ 104 mil, apontada como a principal faixa de consolidação para os próximos dias.

Analistas alertam que uma quebra abaixo de US$ 103 mil pode transformar a atual correção em uma tendência de fraqueza estrutural, o que traria um novo ciclo de volatilidade para o mercado cripto.


O que dizem os especialistas

Para André Franco, CEO da Boost Research, o cenário atual é de neutralidade a leve viés negativo. Segundo ele, o avanço das ações de tecnologia na Ásia impulsionou o apetite por risco, mas o dólar forte e a redução das apostas em novos cortes de juros pelo Fed limitam o espaço de recuperação do Bitcoin.

Timothy Misir, chefe de pesquisa da BRN, destacou que, apesar da queda, o mercado não está em pânico. Os saldos de Bitcoin em corretoras caíram 1,08% nos últimos seis meses, o que indica que investidores estão retirando BTC para carteiras privadas, sinalizando confiança de longo prazo.

Além disso, as entradas de stablecoins na Binance atingiram US$ 7,3 bilhões, o maior volume desde dezembro de 2024 — movimento que costuma antecipar fases de acúmulo e recuperação.

“O mercado está frágil, mas não quebrado”, afirmou Misir. “Essas entradas recordes de stablecoins indicam que o dinheiro está à espera de oportunidade, não fugindo do setor.”


ETF e sentimento de mercado: o termômetro dos investidores

Os ETFs de Bitcoin servem como um espelho do sentimento institucional. Quando há saídas expressivas, como as vistas nos últimos dias, o varejo tende a seguir a mesma direção.

O patrimônio sob gestão dos ETFs caiu 8,3% no mês, refletindo a cautela do investidor profissional diante da incerteza econômica global.

A continuidade das saídas é vista como um dos principais riscos no radar, junto com a possibilidade de um Fed mais agressivo e a perda definitiva do suporte de US$ 103 mil.


Sinais on-chain indicam acúmulo silencioso

Apesar do sentimento de medo no curto prazo, as métricas on-chain sugerem que o Bitcoin pode estar entrando em uma fase de acúmulo estratégico.

Com as moedas saindo das corretoras e as stablecoins aumentando, analistas interpretam o movimento como um reposicionamento do capital — uma pausa antes de uma nova onda de entrada institucional.

“Há acúmulo silencioso, não capitulação”, destacou Misir. “O mercado está defensivo, mas preparando terreno para a próxima recuperação.”


Resumo e perspectivas

Em 04 de novembro de 2025, o preço do Bitcoin foi cotado a R$ 558.199,24, com uma faixa de oscilação projetada entre US$ 105 mil e US$ 110 mil para os próximos dias. O risco de recuo até US$ 100 mil permanece no radar, especialmente se o dólar continuar forte ou houver nova onda de aversão ao risco global.

Enquanto isso, criptomoedas como Decred (DCR), Dash (DASH) e Internet Computer (ICP) se destacaram entre as maiores altas do dia, com ganhos entre 40% e 155%. Já tokens como SPX6900 (SPX), Morphos (MORPHOS) e Aptos (APT) registraram quedas de até 17%.

O cenário segue cauteloso, porém com fundamentos saudáveis. Se o Bitcoin conseguir se manter acima de US$ 103.500, o ativo pode retomar gradualmente o fôlego, sustentado pelo aumento do fluxo de stablecoins e pelo comportamento mais paciente dos investidores de longo prazo.


Dados do dia — Bitcoin em 04/11/2025

  • 💰 Cotação: R$ 558.199,24 (US$ 103.000)
  • 📉 Queda diária: -3,6%
  • 💸 Perdas em liquidações: US$ 1,36 bilhão
  • 🧾 Saídas de ETFs: US$ 322 milhões
  • 🪙 Suporte principal: US$ 103.000
  • 📊 Resistência: US$ 110.000

Aviso: Este conteúdo tem caráter informativo e não constitui recomendação de investimento. Criptomoedas são ativos voláteis e todo investimento envolve riscos.

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